quarta-feira, agosto 24, 2011

aeroporto.


Voltei de férias e estou a aterrar mais uma vez. Acho que o seguinte vídeo-poema ilustra o que senti nestes últimos anos em que vivi tanto e escrevi tão pouco. Eu também estava ali, a viver uma grande vida de aeroporto, exactamente em todas as línguas ditas no poema. Talvez já seja preciso sair do aeroporto. G.F. 








sexta-feira, julho 01, 2011



«Tenho em casa um saco cheio/ de histórias para te contar/ e só ando a fazer tempo/ para as poderes escutar»

domingo, abril 03, 2011

E se fosses sempre segunda-feira?









                                                                                               Banksy

Fu Min Chu

Fu Min Chu, era um artista marcial reformado que arrendava um T2 na Rua da Amargura. Partilhava com o seu canário estórias do arco da velha, relatos de um passado glamoroso a distribuir dupla patadas com sabor a Balanchine.  Sua vida era agora menos bela e sobretudo feita em função de cuidar de mazelas do foro cervical. Fu Min Chu, não tinha jeito para o negócio barato, aptidões especiais para confeccionar chopesóis nem tão pouco era provido de  dedos delicados para espetar agulhas esterilizadas em pontos nevrálgicos de corpos estranhos. Fu Min Chu era um artista marcial resignado em crise de terceira idade. Admirava filmes de Hong Kong, sobretudo grandes xaropadas dos anos 70. À noite, escrevia poemas de amor em língua portuguesa oriental cuja ternura era quase sempre omissa e cada palavra cheirava a sokutos. Para alguém a quem o dia-a-dia e a noite-a-noite, se tinham resumido a sexo, arte e luta, esta nova década era apenas mais do mesmo: alentos fora, nada. O seu último poema “Estúpidos Cupidos” falava-nos exactamente sobre isso.  Fu Min Chu era um artista marcial late-night-filósofo. Mágoa e ódio inspiravam-lhes as teses conspirativas, inundavam-lhe as palavras cruzadas, rebentavam-lhe as costuras dos sonetos amadores. Quis a vida que me cruzasse com Fu Min Chu em circunstâncias inusitadas num Mini Preço de bairro, enquanto Fu Min Chu roubava um frasco de compota. Fu Min Chu, trazia uma T-Shirt que dizia “A cauda abana o cão”. Fu Min Chu, o artista marcial a RSI que me confidenciou ser o maior insurrecto imigrante chinês da actualidade e na clandestinidade. Verdade ou mentira, até hoje ainda ninguém lhe dedicou um departamento. Ainda não percebo porquê. G.F.

Morte e Vida Severina

Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida

É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio

Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida

É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo

É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo, te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas à terra dada nao se abre a boca

É a conta menor que tiraste em vida

É a parte que te cabe deste latifúndio
(É a terra que querias ver dividida)

Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas à terra dada não se abre a boca

Chico Buarque sobre poema de João Cabral de Melo Neto

Febre

Paredes de cidades mal abandonadas diziam-te que tinhas de te perder. Esquinas riscadas que resolveste virar num final de noite de verão. Na pele, trazes 37 graus. Caminhas de vestido negro, novo corte de cabelo, saltos e suas. Gostas de suar mas sobre caminhos não tens a certeza. Encontras meia multidão e escassa luz âmbar. Escondes-te na música: na pele trazes 38 graus. Libertas outro botão. Há outras peles vestidas que passam por ti, estranhas, há agora 39 graus de desejo. Qualquer um poderia tornar-se o teu marginal, rasgar-te já as fronteiras, mas hoje danças e esperas. Existem olhos em ti, pensamentos que te tocam e te limpam o suor e desapertam outro botão, te levam para quartos desta cidade bem abandonada e te fodem repetidamente. Mas tu tens os olhos fechados, mudando-te no espaço, alma entregue a uma evasão. Corpo aguardando invasão. Há gentes a acender fogueiras noutras áreas da cidade. Essas gentes a arder tornam tudo mais quente. És ainda mais inferno. Satisfaz-te a insatisfação de não teres já o que queres. É cedo. És equador do mundo forasteiro que se cola em ti. Há céu, som, fúria. Há um apetite de entrega guardado para quando tiveres mesmo de abrir os olhos. Sentes outro corpo. Este diferente e a tua carne macia revolta-se porque sabe que quer ser tomada. A tua pele mente, finge não trazer agora 40 graus que te acariciam e te sufocam na mesma medida. Finge não querer água, cuspo, sobre ti, finge não querer uma língua que te percorra a sede. Finge que não quer continuação. Controlas: novo corte de cabelo, vestido negro, saltos, mas suas. Limpas o pescoço ao mesmo tempo que o outro corpo quase te diz “olá” e pergunta ao ouvido, “ porque estás aqui?”. Tu respondes, “não precisamos de perguntas hoje” e danças. Com um propósito, danças ainda só para o outro corpo, para contagiares o outro corpo de Inferno. E continuas até que te pedes mais espaço, outro espaço. G.F.

sábado, abril 02, 2011

Juliana

A  Juliana é uma menina de 9 anos que usa uma fita para o cabelo mais bonita de que todas as outras fitas para o cabelo de todas as miúdas que já conheci. A sua bochecha esquerda foi arranhada pelo Farturas, o ” seu gato maluquinho” e o seu olhar sereno insuspeito não denúncia as suas profundas inquietações existenciais infantis. A Juliana tem medo que o mundo termine amanhã e embora sorria e perceba que isso possa ser parvo, a verdade é que ela viu nas notícias os chineses radioactivos, as bombas por causa de um coronel Gandalfi e, desde há muito, a crise… a crise. A Juliana não sabe o que é a crise mas tem medo que a mãe amanhã não tenha dinheiro para comprar chocapic, que o pai tenha de ir para a tropa lutar contra os maus e tem sobretudo medo de já não acordar todos os dias a começar a partir de amanhã quando os pais a chamarem para tomar o pequeno almoço. O primo mais velho, o Tito, disse-lhe que o mundo acabava em 2012 e a Juliana agora sonha com diferentes fins de mundos todas as noites. Na última vez sonhou com um terramoto que partia as pessoas ao meio, em peças e as peças andavam todas desarrumadas e tristes. A Juliana não gosta, nem quer falar dos seus problemas, pensa que quanto mais falar deles mais eles podem acontecer e tenta esquecer em todos os minutos, os seus pensamentos “mais maus”.

Ontem falávamos sobre esses problemas e pedi-lhe que escrevesse numa folha de papel: “O Mundo vai acabar amanhã.” A Juliana, com a caligrafia mais bonita do que todas as outras miúdas que conheci, assim o fez, devagar e sem qualquer erro. Pedi-lhe que apagasse com uma borracha pequenina  verde que nos dizia “Jul” sumidamente e ela apagou uma a uma cada letrinha.  A Juliana não estava a perceber porque é que lhe tinha pedido para apagar e na verdade nem eu próprio sabia se aquilo iria resultar. Talvez a minha metáfora não fosse a dela e isso ainda viesse a confundir mais a Juliana. Contudo, expliquei-lhe que às vezes as pessoas têm muitos problemas e pensam que se os esquecerem livram-se deles e eles acabarão por desaparecer. A Juliana disse que sim que o seu problema é que o mundo não podia acabar mesmo amanhã, porque ela ainda queria ir ajudar a tratar de animais ou então ser professora de meninos com problemas,” mais ou menos como eu, mas ainda mais fixe”. Disse-me que todos os dias pensava nesse problema e que tentava apaga-lo como fez com a borracha mas dentro da cabeça. Eu pedi à Juliana que olhasse para o papel e me dissesse o que via. Ela logo respondeu “ainda dá para ler”: “Eu apaguei e ainda dá para ler, este problema  não fugiu!” Em algumas alturas da nossa vida ou do nosso dia longo de crianças, temos de parar para perceber que se tentamos apagar sempre alguns problemas sem os tentar resolver podemos estar a dar-lhe mais poderes. Os problemas ficam apagados só um pouquinho mas conseguimos quase sempre lê-los. Por isso talvez seja mais fixe, pegar nesse problema e tentar perceber se é mesmo um problema e se podemos resolvê-lo, trocar-lhe as tintas, dar-lhes a volta, atar-lhes os atacadores um ao outro para eles caírem. Às vezes a solução viaja num pequeno pormenor.

 Depois destas minhas palavras pedi  à Juliana que escrevesse novamente “O mundo vai acabar amanhã.” Perguntei-lhe se havia alguma coisa na frase que ela pudesse alterar e que pudesse ajudar a estar menos preocupada. Demorou um minuto, concentrada a olhar para os restos do que tinha escrito. Então, pegou no lápis pequenino e roído e, com muita calma e com um sorriso matreiro, desenhou por cima do ponto final um ponto de interrogação mais bonito do que todos os pontos de interrogação desenhados por todas as miúdas que já conheci. E a seguir escreveu: “Talvez, mas vai ser quando eu for muito velhinha”. G.F.

quinta-feira, março 17, 2011

brinca com o google

AVISO:

A informação que se segue é exclusiva a fulanos que tenham particular apreço pelo caos, por desmontar coisas, brincar com palavras, descarrilar mundos bem conhecidos do dia a dia. Aos não surrealistas, aos control freak, aos utilizadores permanentes do conforto e que acham que as brincadeiras são só para os putos: POR FAVOR NÃO SIGAM OS PRÓXIMOS PASSOS. Nós avisámos. Obrigado.

Alguma vez tiveste tanto tempo perdido que pensaste: «Humm vou ao google pesquisar qualquer coisa, por exemplo, que imagens aparecem quando escrevo "japoneses"?» Alguma vez tiveste ainda mais tempo livre, ou o teu curso de faculdade era esotérico que passaste tanto tempo a fazer pesquisas que davas por ti especado à porta do google, em branco a pensar: «tenho que fazer alguma coisa a esta página, vejo-a todos os dias, somos um mundo inteiro a vê-la todos os dias, vou transformá-la ou dar cabo dela»?

Pois bem bem míudo, senta-te direito e antes de clicares no link seguinte, fecha esta janela do firefox ou do explorer. Já fechaste? Não? Fizeste bem porque senão não perceberias o próximo passo. Então, depois de fechares esta janela, abre este blog através do google chrome ok?

Vá fecha lá a janela...

Pára de ler!

Sim, pára de ler e abre lá este blog no google chrome.

(passado 4 segundos)

Humm, presumo que estejas no google chrome. Se não estiveres não adianta mesmo continuares. 

Se estiveres, estás então preparado para a solução de todos os teus problemas de tédio e procrastinação sem sentido.

Lembra-te dos dias em que gostavas de poder controlar tudo e que o mundo não tivesse a gravidade que tem. Em que mandavas tudo às urtigas. Estás pront@? 


G.F.

the king´s artist and the tramp

"Once upon a time, there was a king who ruled a great and glorious nation. Favourite amongst his subjects was the court painter of whom he was very proud. Everybody agreed this wizzened old man pianted the greatest pictures in the whole kingdom and the king would spend hours each day gazing at them in wonder. However, one day a dirty and dishevelled stranger presented himself at the court claiming that in fact he was the greatest painter in the land. The indignant king decreed a competition would be held between the two artists, confident it would teach the vagabond an embarrassing lesson. Within a month they were both to produce a masterpiece that would out do the other. After thirty days of working feverishly day and night, both artists were ready. They placed their paintings, each hidden by a cloth, on easels in the great hall of the castle. As a large crowd gathered, the king ordered the cloth be pulled first from the court artist’s easel. Everyone gasped as before them was revealed a wonderful oil painting of a table set with a feast. At its centre was an ornate bowl full of exotic fruits glistening moistly in the dawn light. As the crowd gazed admiringly, a sparrow perched high up on the rafters of the hall swooped down and hungrily tried to snatch one of the grapes from the painted bowl only to hit the canvas and fall down dead with shock at the feet of the king. ’Aha!’ exclaimed the king. ’My artist has produced a painting so wonderful it has fooled nature herself, surely you must agree that he is the greatest painter who ever lived!’ But the vagabond said nothing and stared solemnly at his feet. ’Now, pull the blanket from your painting and let us see what you have for us,’ cried the king. But the tramp remained motionless and said nothing. Growing impatient, the king stepped forward and reached out to grab the blanket only to freeze in horror at the last moment. ’You see,’ said the tramp quietly, ’there is no blanket covering the painting. This is actually just a painting of a cloth covering a painting. And whereas your famous artist is content to fool nature, I’ve made the king of the whole country look like a clueless little twat." 
 
Banksy, Wall and Piece 
 
 
 

quarta-feira, março 16, 2011

Pedido de desculpas por este pesadelo. (por um antigo não sonhador)

E se um dia uns quantos "barbudos", "guedelhudos", "drogados", "extremistas", "utópicos "pacifistas", rastafaris ou por exemplo poetas embriagados, te dissessem nos anos 70 ou 80 ou 90: «daqui a alguns anos existirão crises financeiras e fome, desemprego de pessoas formadas, acidentes nucleares incontroláveis, praias a devolver cadáveres,plataformas petrolíferas com válvulas ao contrário e assassinas da fauna e flora, psicoses vividas em solidão, amores descartáveis, antropofagia nas relações humanas»? Chamar-lhe-ias sensatos ou visionários ou darias ouvidos e tentarias perceber do que falavam? Quase nenhum de nós não. Eu não, de certeza. Apelidaria, como talvez tu tenhas apelidado, qualquer um deles ou de "comuna" ou de "bêbado", ou de "freak", ou de "parvo" ou de "pseudo-nostradamus em LSD". E talvez continue, a grande maioria de nós a apelidar.

Mas a verdade é que agora é ridículo ou ignorante fazê-lo, porque está a acontecer exactamente aquilo que disseram há anos atrás esses loucos demagogos.

Infelizmente estavam certos e por isso peço-lhes desculpa e acho que tu também lhe devias pedir.

Sim puto: podes dizer que agora há muito mais mediatismo, mais câmaras, mais informação. Sim Prof: as ciências sociais e humanas têm mais instrumentos de análise ou as ciências exactas tem bases de dados ainda recentes; Sim mãe, a História é um ciclo que se repete e qualquer um é capaz de prever que o depois da bonança vem a tempestade. Sim pá, o mundo já foi pior do que está agora. E acredite eu ou não numa nova idade das trevas, a verdade é que acho que não fizemos nada para acabar com estes poucos anos de escuridão que estamos agora a viver.Porque acredito que era possível ter tentado travar estas trevas, tal como os "demasiado sonhadores" tentaram. E eu nem tenho a garganta aflita, as trevas nem são minhas pá...

Mas se pensares bem, estas não foram trevas absolutas para milhões de sudaneses genocidados? Trevas para milhares de nova-yorquinos soterrados e queimados, trevas para centenas de crianças em Beslan fuziladas, trevas para dezenas de madeirenses afogados em lama e vítimas de uma mau planeamento de território? Trevas para a tua avó, que está viva, mas que ninguém sabe que ainda existe?

Estudámos História para quê, não foi para evoluirmos? Não foi para anteciparmos tragédias? E por isso que peço perdão aos "utópicos". Peço desculpa a todos vocês, por fazer parte do outro grupo enorme de pessoas que não fez absolutamente nada para prevenir que outros (cada vez mais iguais a mim) sofram. Absolutamente nada, porque teria bastado fazer tão pouco.

Peço desculpas por todos nós que facilmente nos fomos esquecendo e nem sequer discutimos ou pensámos em soluções para as tragédias em grande escala ou pessoais que agora vivemos. Peço desculpa por nem sabermos sequer que existiam ditaduras assassinas, bolsas de mercados sem quaisquer valores ou fome no 7ºDto.

Peço desculpas por todos nós, obcecados pelo optimismo, pela produção ou pelo lucro emocional próprio a que chamamos felicidade. Nós, os (auto)centrados nos problemas dos outros para que os outros sejam escadotes dos nossos próprios desejos. Nós, que continuámos a crescer e a desdenhar esses homens e essas mulheres que nos alertaram para um pesadelo de um caminho futuro em relação a um mundo sem amor e menos verde. Nós que continuámos a acreditar numa gestão (dos outros) mais eficaz; na produção em massa, no plasma maior, na pila mais erecta, no orgasmo mais múltiplo, no triunfo do progresso de uma civilização em que quem ama tem de o provar através de uma pedra brilhante e quem odeia deve deitar-se num divã e drogar-se legalmente. Peço desculpas por todos nós, os sãos.

Nós, tal como a maioria, acreditámos no que apenas alguns quisessem que acreditássemos. E agora, sim percebemos que nos foderam anos e anos. Foderam-nos tão bem que até amámos o que eles amavam, entregámo-nos às suas dependências, às suas gripes, às suas taxas, aos seus prognósticos. Acordámos fodidos e sozinhos.

Sim miúda, não sei bem o que te diga, ou como resolver esta alhada globalizada. Mas o que te pergunto é: será que não temos uma oportunidade de dar o braço a torcer? Será que não podemos usar o que de melhor criámos na sociedade globalizada para pedir essas desculpas? Graças às redes sociais ainda incontroláveis, é possível denunciar, despertar, decidir o que politicamente está correcto, sonhar e ser maioria eficaz. Sem teorias conspirativas, zeitgueists, ideologias políticas obsoletas ou demagogias. Sem photohops ou falsas agências de comunicação. Sem rastas da moda, sem anarquias, sem estarmos bebados, sem repetirmos cliches urbano-tribais, sem lançarmos diablos ou sem gritarmos luta soando a "kirikirikirikiri". Sem fachos nem foices, sem punhos, nem setas, nem blocos, tudo gestos-objectos que nos arrastam para a lama do mesmo curral.

Libertámos Timor, tirámos a audiência à CNN, depusemos o Mubarak, fizemos a América e o mundo ter mestiça esperança, falimos as grandes editoras musicais e ainda ontem calámos quem achava que não seriamos muitos na ruas, sem organização mas também sem anarquismo. Fizemos, fiz isto, não nos tornámos sonhadores?

Quem é que neste momento tem mais poder que nós? Existe ou existiu mais alguma geração que possa sonhar em unir-se por um ideal e uma semana depois ele começar a ser cumprido em menos de 140 caracteres? Ainda vamos a tempo, todos juntos, de desfazer o que não fizemos para que este momento tão mau chegasse?

Peço desculpa a todos vocês, por este pesadelo. Tenho só um pedido a fazer-vos. podem-me adicionar ao vosso grupo?

Estou muito. Estou mesmo muito farto deste. Gonçalo Fontes