segunda-feira, fevereiro 13, 2006

4 notas sobre namorados

I - Amanhã é dia de São Valentim. Dia dos Namorados deviam ser todos, ou melhor, quem tem namorado devia namorar todos os dias. Namorar, conquistar, deixar ser conquistado e possuído. Possuir tendo fé. Porque namorar é também acreditar sem saber ou procurar razões. Ou acha-las num beijo que apaga o silêncio ou uma guerra. Namorar é pensar que por instantes Tony Carreira e Rebelo Pinto poderão ter sido geniais. Namorar é ser-se lamechas, ridículo e exagerado por prazer. Prazer feito de carne e comunhão despidas, poder navegar livre na Barca dos Amantes, estar vivo e morto em parte incerta, seguro de estar Dentro de quem amamos e com quem namoramos. Namorar é surpreender para cativar. Se só amanhã temos alguém em quem pensemos quando acordamos e se amanhã não sentirmos que é “para sempre”, que motivos existem para comemorar?

Como a minha namorada não está cá agora, vou escrever-lhe uma carta, tentar passar para o papel a biografia do meu amor. Aos que vão namorar amanhã descubram lugares bonitos sem outros casais, oiçam boa música para namorar em português, riam-se, reinventem-se um ao outro e no fim, durante ou no principio, façam quatro ou cinco vezes amor.

Aos que não têm namorado, uma frase que ouvi dizer no outro dia o personagem Locke, da série de culto “Lost”,: «same way anything lost is found, i stoped looking». G.F.



II - «Eu não dou nada no Dia dos Namorados, senão tinha que dar alguma coisa todos os dias e eu não tenho dinheiro para isso.» velhota que namora há 39 anos com o marido, in RTP.


III - «Um família nasce no momento em que um rapaz se apaixona perdidamente. Até agora não conheço outra alternativa.» W. Churchill


IV - Uma canção simples para os que têm algo já consumado:


Consumado

Tô louco pra fazer
Um rock pra você
Tô punk de gritar
Seu nome sem parar

Primeiro eu fiz um blues
Não era tão feliz
E de um samba-canção
Até baião eu fiz

Tentei o tchá tchá tchá
Tentei um yê yê yê
Tô louco pra fazer
Um funk pra você

E tá consumado
Tá consumado
Tá consumado
Tá consumado

Fiz uma chanson d’amour
Fiz um love song for you
Fiz una canzone per te
Para impressionar você

Pra todo mundo usar
Pra todo mundo ouvir
Pra quem quiser chorar
Pra quem quiser sorrir

Na rádio e sem jabá
Na pista e sem cair
Um samba pra você
Um rock and roll to me

E tá consumido
Tá consumido
Tá consumido
Tá consumido

Fiz uma chanson d’amour
Fiz um love song for you
Fiz una canzone per te
Para impressionar você

Arnaldo Antunes (de preferência a versão ao vivo com os clã)

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Liberdade de Expressão II



Liberdade de Expressão I


Jovem que tens um blogue! Este post é para ti! Gostavas que a tua vida fosse um filme de acção, em que te visses envolvido numa perseguição kafkaniana, olhares suspeitos te investigassem em cada esquina da baixa, em que terias de fazer uma operação plástica e ir viver para uma ilha no Alasca, usar com orgulho t-shirts em árabe a dizer “persona non grata”, mudar de B.I. e possivelmente de clube no caso de seres lagarto? Gostavas que o teu blogue tivesse visitantes libaneses enraivecidos, apelidando a tua mãe de meretriz ou até pior? Gostavas simplesmente de ter mais visitantes? Então, eis a solução, copia a seguinte frase para um post teu e… Voilá. Auguro o principio de belas amizades
:


MOHAMMED IS GAY

oportunidade

Quem pode lançar "opas" certamente nunca perdeu 2 segundos da vida a dizer ou pensar, «e se eu ganhasse o EuroMilhões». Eu não tenho particular interesse em lançar opas. Nem opas, nem discos, nem iscos, nem dardos, nem martelos, nem apolos 13. Mas algum dinheiro vai fazendo falta. Como tal, aproveitando uma hipótese de mercado única, encomendei pelo E-Bay a semana passada, precisamente 257 bandeiras da Dinamarca. A estas juntei mais 24 que comprei na casa das Bandeiras em Lisboa e uma que me deu uma amiga no Verão do Euro 2004. Encontrei um senegalês na Praça do Comércio a quem comprei todos os 300 isqueiros que tinha em stock. Quando chegar compro lá gasóleo, mais barato que a chuva. Amanhã parto para Teerão. Até logo pais, irmã e amigos: voltarei milionário. G.F.


P.S. - Não existe nada neste mundo que não possa ser ridicularizado ou caricaturizado. (excepto a Liberdade)

terça-feira, fevereiro 07, 2006

I'm still getting this down

To love is to suffer. To avoid suffering one must not love. But then, one suffers from not loving. Therefore to love is to suffer, not to love is to suffer. To suffer is to suffer. To be happy is to love. To be happy then is to suffer. But suffering makes one unhappy. Therefore, to be unhappy one must love, or love to suffer, or suffer from too much happiness. I hope you're getting this down.» Woody Allen